quinta-feira, 27 de março de 2014

Civilizações Pré-colombianas II (História da América)

Cultura Olmeca e Teotihuacán
A sedentarização do homem e a pratica da agricultura na região do México Central ocorreu entrem 5.000 e 4 000 antes de Cristo.
Por volta de 2.000 a.C. surgiram os primeiros aglomerados humanos, as aldeias, onde transformaram-se em um centros cerimoniais e surgiu a classe sacerdotal, que eram aqueles responsáveis pelos cultos religiosos. Os sacerdotes eram pessoas que se diziam intelectuais pra época eles tinham o poder do saber e mais pra frente começam a controlar o excedente agrícola tornando os sacerdotes mais poderosos. Eles se organizavam em um Estado Teocrático, ou seja, a religião estava sobre o poder. Já em 1.500 e 500 a.C. a cultura olmeca se expande e vai para o sul do Golfo México, lá eles desenvolveram os reservatórios de pedra para o armazenamento de agua
Por volta do século I a.C. chegava o fim da cultura olmeca, que deixou para seus posteriores uma espécie de herança como: Uma tecnologia agrícola avançada, artesanato têxtil e de barro, um sistema de escrita e numeração, calendário, uma religião extremamente organizada, além de um sistema político exercido pelos sacerdotes de origem olmeca e a sociedade já se organizava de uma forma mais complexa.
A religião na época era algo extremamente importante, a população era totalmente voltada a ela. Foi durante esse apogeu religioso que a civilização construiu a Cidade dos Deuses conhecida como Teotihuacán, que era totalmente planejada com pirâmides dedicadas ao Sol e a Lua.
A população Teotihuacán foi a sucessora dos olmecas e aperfeiçoou as técnicas de cultivo, desenvolveu o sistema de irrigação e as chinampas (técnica de plantio feito em esteiras)

Durante o século VI essa cultura desapareceu, porém não existe um fator responsável pelo fato. Mas presume-se que doenças, rebeliões ou invasões expliquem a destruição da Cidade dos Deuses. 

Maias 
No momento em que o Teotihuacán entrou em decadência, o Sul da mesoamérica conhece a civilização maia.
·         Localização: Península de Iucatã, no sul do México, quase toda a Guatemala, parte de Honduras e El Salvador e Belize
·         Politica: Organizada em forma de Cidade-estado e o poder político era teocrático e hereditário.
·         Sociedade: Topo da pirâmide: Família governante (sacerdotes e militares) e comerciantes ; Abaixo tem-se cobradores de impostos, militares e responsaveis pelas cerimonias; E na base tem-se os trabalhadores Braçais
·         Economia: O principal produto cultivado era o milho, base da alimentação maia, além da produção agrícola os maias davam importância ao comercio. Os mercadores eram os responsáveis pelas trocas de produtos agrícolas e artesanais
·         Religião e Cultura: Tinha como deus principal Quetzalcoatl (Serpente emplumada) *influencia tolteca
A religião defendia que o destino dos homens era controlado pelos deuses. Desenvolvera a escultura terracota, a pintura e o calendário cíclico, com 52 anos, a partir dos seus avanços nos estudos de astronomia. Com a intenção de facilitar os cálculos criaram o zero. A escrita elaborada se chamava glífica que seria um conjunto de caracteres que representam um objeto ou algo relacionado a esse objeto.
·         O novo império maia e sua decadência: Por volto de 900 iniciou-se um declínio no império Maia que dois séculos passou a sofrer influencia Tolteca. Ocorreu então a fusão das culturas formando o NOVO IMPERIO MAIA, que lentamente entrou em declínio. As hipóteses para explicar esse declínio são muitas como: Esgotamento do solo em razão da pratica da agricultura de queimada, a deficiência alimentar e diversos conflitos internos entre os líderes das cidades-Estados.
Em 1517 e 1697, os espanhóis realizaram a conquista do império Maia, marcada pela violência do branco contra o povo indígena e pela força da arma de fogo na busca por ouro.

Os Astecas

·         Localização: Região noroeste do México, denominada como Aztlán e pertenciam ao grupo linguístico naúatle
·         Política: Sociedade asteca foi fundada no militarismo com influência religioso, fazendo-se assim um poder política militarizado e teocrático.
O imperador era escolhido dentro de uma mesma família, ou seja, escolha hereditária. Ele tinha o poder supremo do exército e dividia o poder com a Mulher-serpente, função exercida por um homem responsável pela chefia do governo.
·         Sociedade: No topo: Imperador e sua família; Abaixo tem-se a nobreza (militares e sacerdotes) ; Abaixo tem-se os comerciantes e os artesãos ; E na base tem-se os camponeses e escravos;
Os militares tinham importante papel por conta das guerras e os escravos eram adquiridos em guerras como forma de pagamento e eles tinham como função: trabalhar em obras públicas, na agricultura, pagar impostos e prestar serviço aos militares.
A poligamia era admitida pelo fato da população masculina diminuir em épocas de guerra.
·         Economia: A agricultura era o principal meio de atividade econômica, sua produção era baseada em: milho, feijão, cacau e algodão.
O estado era o proprietário das terras e para se ter uma terra era necessário pagar impostos sobre a produção.
O comercio apesar de não ser a principal atividade econômica para os astecas, ainda se tinha um importante papel na realização de trocas, como era o caso do mercado de Tlatelolco que ocorria troca de legumes, frutas, plumas, joias e escravos, além de alguns produtos importados como tabaco, peles e cristais. Esse comercio com o tempo foi se desenvolvendo e mais pra frente começaram a usa a semente do cacau como uma “moeda corrente”
·         Religião e cultura: A religião era politeísta e eles acreditavam que era o homem que deveria zelar para a harmonia do universo, o que só poderia ser feito por meio de alimentação dos deuses, assim sendo considerável o sacrifício humano. Os deuses que asseguravam boas colheitas e vitorias militares e regiam o destino dos homens.
A arquitetura foi desenvolvida podendo destacar a construção de pirâmides, palácios e sistemas de irrigação além dos aquedutos.
Estudavam astronomia e criaram um calendário de 18 meses (cada mês tinha 20 dias), mais cinco dias complementares e acada 52 anos completava um ciclo.
Possuíam escolas voltadas para a formação da nobreza sacerdotal e outra destinada ao ensino comum. A escrita era pictórica e hieroglífica.

Os incas

·         Localização: Corresponde atualmente ao Peru, Bolívia, Equador, parte do Chile e norte da Argentina. Os incas, originalmente, constituíam um povo nômade, parte integrante do grupo quíchua, na região da Amazônia.
·         Política: Poder político era exercido por um imperador onde ele tinha o poder supremo ao lado do exército e da religião formando um governo Teocrático-militarista.
·         Economia: A base econômica era a agricultura (Batata e milho eram os principais). O solo era fertilizado com o guano, um fertilizante natural de excreta de aves.
A chegada dos incas e o seu processo de expansão levou a submissão das comunidades (ayllu) com isso as terras passaram a pertencer ao Estado que fez uma divisão nas terras: terras da comunidade e terras do Estado, cultivados pelos membros da ayllu.
O comercio também se desenvolveu e tinha base na produção de cerâmica, tecidos e artesanatos de ouro, prata e bronze.
·         Sociedade: No topo tem-se o Imperador; Abaixo tem-se a nobreza (Parentes, altos funcionários do estado, clero e os curacas) ; Abaixo tem-se os artesãos, médicos, artistas, militares e contabilistas; E na base tem-se os camponeses e escravos  
Dentro do império, o ayllu era a base da organização social e administrativa. Era formado a partir de laços de parentesco e chefiados pelo curaca, cujo poder era transmitido hereditariamente.
·         Religião e Cultura: Os incas dedicaram-se à astronomia e criaram um calendário que, além de marcar o tempo, servia para fazer previsões astrológicas.
Na religião além de cultuar o Sol, a Lua, o Trovão e a Terra eles cultuavam Viracocha, o “Criador do Universo” . Suas cerimonias tinham muita dança e uso de chicha (Cerveja feita de cereais) e faziam sacrifícios humanos





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