terça-feira, 15 de abril de 2014

Membrana Plasmática - Biologia

Introdução
A membrana plasmática é uma película delgada que envolve a célula. Ela é formada por lipides e proteínas.

O modelo teórico da estrutura da membrana que é aceito, é o que chamamos de Modelo Mosaico Fluido, proposto por Singer e Nicholson. De acordo com esse modelo a membrana apresenta um mosaico de moléculas proteicas que se movimentam em uma dupla camada fluida de lipides.

Funções da membrana
1 Permeabilidade seletiva: Regula as trocas entre a célula e o meio e pode ser feito de duas formas:
- Transporte passivo: Processo onde não ocorre gasto de energia celular. O transporte através da membrana se faz por conta da osmose e da permeasse
Osmose= A membrana é semipermeável (permeável ao solvente e não ao soluto) permite o transporte de água do meio (menos concentrado) para a célula (mais concentrada) ou vice versa.


Permease= A difusão facilitada é o último tipo de transporte passivo. Nesse tipo de difusão há a participação de proteínas chamadas permeases. Água e oxigênio difundem-se facilmente por meio da osmose e da difusão simples. Mas em nosso organismo há outras substâncias de que a célula necessita para manter seu metabolismo, como aminoácidos, glicose, vitaminas, íons como cálcio, cloro, sódio e potássio. O papel das permeases é facilitar a passagem dessas substâncias, pois se elas fossem entrar ou sair da célula por difusão simples iria demorar muito.
- Transporte ativo: O transporte ativo é a energia usada pelas células para transportar substâncias através de sua membrana plasmática.
Este processo envolve uma proteína transportadora denominada bomba, que executa o transporte carregando uma substância, através da membrana celular, de uma área de menor concentração para outra de maior concentração.
Como vimos acima, este transporte requer energia da célula, e esta, por sua vez, gasta aproximadamente 40% de seu ATP (estoque de energia livre na célula) neste processo.
Além desta função, a proteína bomba age ainda como uma enzima, que por sua vez, realiza a quebra do ATP. Por expelir íons sódio (Na+) e introduzir íons potássio (K+), essa proteína também é conhecida como bomba de sódio-potássio (Na+ / K+). Todas as células possuem milhares de bombas como estas em suas membranas plasmáticas. Esta grande quantidade se deve a sua grande importância, pois, é através delas, que se torna possível manter uma baixa concentração de íons sódio no citosol, e, em contrapartida, uma maior concentração de íons potássio.
O citosol é o líquido que preenche o citoplasma, espaço entre a membrana plasmática e o núcleo, que contém bolsas, canais e organelas citoplasmáticas.
Entretanto, ao mesmo tempo em que o sódio é expelido, o potássio é introduzido no interior das células. Essas concentrações mantidas constantemente através do transporte ativo, como já vimos, requerem bastante energia da célula, pois, estes íons são transportados sempre para a região de sua maior concentração.
- Transporte em quantidade: É o que chamamos de endocitose, que é o transporte de moléculas em grande quantidade. A membrana plasmática possui a capacidade de englobar substâncias de maior porte através da endocitose.
a) Fagocitose – Englobamento de partículas sólidas por meio da emissão de pseudópodes pela membrana plasmática. 

b) Pinocitose – Englobamento de gotículas líquidas por meio de invaginações da membrana plasmática

      I.         2 Reconhecimento celular: Através de receptores específicos, reconhecem agentes do meio como, por exemplo, hormônios.

Especializações da Membrana
1 Microvilosidades
: Em forma de delgadas expansões que aumentam a superfície de absorção da célula. Ocorrem nas células do epitélio intestinal.

2.    Invaginações de base: As células dos canais renais, possuem na base, profundas Invaginações que estão relacionadas com o transporte de água reabsorvidas pelos canais renais
3    Desmossomos: São espécie de “botões adesivos” que estão presentes nos epitélios e aumentam a adesão entre as células
4    Interdigitações: São as dobras da membrana, que se encaixam, para aumentar a adesão; também ocorrem em células epiteliais
5    Glicocálix: As células animais são recobertas pelo Glicocálix (uma cada de hidratos de carbono ligados a proteínas (glicoproteínas) ou lipídeos (glicolipídeos). Pelo Glicocálix as células reconhecem e aderem uma as outras, formando tecidos, e rejeitam células diferentes. 

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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Organização estrutural dos seres vivos - Biologia

Estrutura dos seres vivos
Todos os seres vivos são formados por estruturas microscópicas que chamamos de células.
A célula é a menor unidade que na formação de um ser vivo, ela é capaz de sintetizar seus componentes de crescimento e se multiplicar
Existem dois tipos de classificação as unicelulares e as pluricelulares
·         Unicelular: Podemos citar o exemplo da bactéria e da ameba, que apresentam apenas UMA CELULAR.
·         Pluricelulares: Podemos dizer que se encontra na maioria dos organismos, incluindo os humanos e são feitas de BILHÕES de células
Quando há um agrupamento de células é formado o tecido, e existem quatro tipo de tecidos animais:
·         Epitelial: revestimento da superfície externa do corpo (pele), os órgãos (fígado, pulmão e rins) e as cavidades corporais internas;
·         Conjuntivo: constituído por células e abundante matriz extracelulas, com função de preenchimento, sustentação e transporte de substâncias; 
·         Muscular: constituído por células com propriedades contráteis; 
·         Nervoso: formado por células que constituem o sistema nervoso central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).

Quando os tecidos se unem, formam os órgãos como: coração, cérebro, pulmões, etc. Os órgãos trabalhando em conjuntos forma os sistemas como: Sistema digestório, circulatório, respiratório e nervoso. E por fim um conjunto de sistemas perfeitamente organizado forma os indivíduos. Assim temos:

Organização da celula
Na maioria dos organismos a célula é divida em três partes:
·         Membrana: Protege a célula e faz a permeabilidade seletiva (faz a seleção do que deve entrar e sair da célula)
·         Núcleo: Nele encontra-se o material genético (DNA). A principal característica em uma célula eucariótica é a existência de núcleo diversificado, onde o a membrana envolve o material genético.

·         Citoplasma: Nele ocorre os organoides, que são estruturas com funções especificas:
- Reticulo endoplasmático: Transporte de substancia
- Ribossomos: Síntese de proteínas.
- Complexo Golgiense: Secreção celular
- Lisossomos: Digestão celular
- Mitocôndrias: Produção de energia

Observação sobre a célula
A unidade de medida que se mede a célula, por ela ser muito pequena e ser possível a visualização apenas por microscópio, chamamos de micrômetro = milésima parte do milímetro.
Para descrever as estruturas das celular usamos o nanômetro = milésima parte do micrômetro, e o Angströn = decima parte do nanômetro. Assim temos:
1 Milímetro = 10.000.000 Angströn = 1.000.000 Nanômetros = 1.000 Micrômetro.
Observações:
·         Todos os organismos vivos são formados por células.
·         Todas as reações metabólicas de um organismo ocorrem em nível celular.
·         As células originam-se unicamente de celular preexistentes.
·         As células são portadoras de material genético.




quinta-feira, 10 de abril de 2014

Trovadorismo - Literatura

Trovadorismo
O primeiro período da literatura portuguesa é conhecido como Trovadorismo (Aproximadamente entre os anos 1198 ou (1189) à 1418.
A primeira manifestação literária que se tem notícia: “Cantiga de Garvaia” ou “Cantiga Ribeirinha”, de Paio Soares de Taveirós. Como essa cantiga não é o inicia da literatura portuguesa e sim o documento mais antigo que chegou até nós. Não há como saber a data real do aparecimento da literatura.
São chamados de trovadores os poetas da fase final da idade média. Além disso eles eram músicos e compunham as melodias que cantavam seus poemas. A poesia deles era sempre associada à música e estava presente tanto nas reuniões palacianas quanto nas festas populares. Nessa época além de haver poesias, houve também prosas, que eram representadas nas novelas de cavalaria.

Poesia Trovadoresca

Era uma poesia ligada a música e cantada com instrumentos musicais (Viola, alaúde, flauta, gaita). Como elas eram feitas para o canto e a dança deveriam ter um bom ritmo, para que tivesse uma boa execução e fosse fácil de memorizar. Com isso há a presença dos refrãos e do paralelismo.
Esse tipo de poesia tem-se dois gêneros, a lírica (Cantiga de amor e amigo) e a Satírica (Escárnio e maldizer).
ü  Cantiga de amor:
Estes meus olhos nunca perderán,
senhor, gran coita, mentr'eu vivo for.
E direi-vos, fremosa mia senhor,
destes meus olhos a coita que han:
     choran e cegan quand'alguén non veen,
     e ora cegan per alguén que veen.

Guisado tẽen de nunca perder
meus olhos coita e meu coraçón.
E estas coitas, senhor, minhas son;
mais-los meus olhos, per alguén veer,
     choran e cegan quand'alguén non veen,
     e ora cegan per alguén que veen.

E nunca ja poderei haver ben,
pois que Amor ja non quer, nen quer Deus.
Mais os cativos destes olhos meus
morrerán sempre por veer alguén:
     choran e cegan quand'alguén non veen,
     e ora cegan per alguén que veen.
(Joan Garcia de Guilhade, século XIII)       
Nas cantigas de amor o “eu lírico” é masculino e expressa as emoções pela mulher amada. Fala sobre a vida da corte, o ideal do amor cortês. Geralmente fala sobre um ambiente palaciano, onde a mulher é idealizada, inatingível e o trovador é submisso. Com expressões do tipo: “mia dona”, “mia senhor”, “Fremosa dona”. E relata a “coita d’amor”, a “solidão” e etc.  
ü  Cantiga de amigo:               
--- Ai, flores, ai, flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
           Ai, Deus, e u é?

Ai, flores, ai, flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
           Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo?
           Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi à jurado?
           Ai, Deus, e u é?

--- Vós me preguntades polo vosso amigo?
E eu ben vos digo que é sano e vivo.
           Ai, Deus, e u é?

Vós me preguntades polo vosso amado?
E eu ben vos digo que é vivo e sano.
           Ai, Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é sano e vivo
e seerá vosco ante o prazo saido.
           Ai, Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é vivo e sano
e seerá vosco ante o prazo passado.
           Ai, Deus, e u é?
(Dom Dinis, Séculos XIII-XIV)

Nas cantigas de amigo o “eu lírico” é feminino, o trovador expressa as emoções da mulher como se ela estivesse falando. Geralmente fala sobre a vida popular, no cotidiano familiar e rural (pastoras, camponesas, etc.) o dialogo da moça sobre seus sentimentos e expressa uma visão “realista” do amor, com desejos humanos e sensuais.
ü  Cantigas de escárnio:
Ũa dona, non digu'eu qual,
non aguirou hogano mal:
polas oitavas de Natal
ía por sa missa oír,
e houv'un corvo carnaçal,
     e non quis da casa saír.

A dona, mui de coraçón,
oíra sa missa, entón,
e foi por oír o sarmón,
e vedes que lho foi partir:
houve sig'un corv'a carón,
     e non quis da casa sair.

A dona disse: Que será?
E i o clerigu'está ja
revestid'e maldizer-mi-á,
se me na igreja non vir.
E diss'o corvo: quá, aca,
     e non quis da casa saír.

Nunca taes agoiros vi,
des aquel día que nací;
com'aquest'ano houv'aquí;
e ela quis provar de s'ir,
e houv'un corvo sobre si,
     e non quis da casa saír.
(Joan Airas de Santiago, Século XIII)
Na Cantiga de Escárnio ocorre uma sátira, sutil, indireta, com muito ironia e ambiguidade, onde não há como saber quem é o indivíduo ofendido.
ü  Cantiga de Maldizer:
Ai, dona fea! Foste-vos queixar
que vos nunca louv'en meu trobar;
mas ora quero fazer um cantar
en que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!

Ai, dona fea! Se Deus me pardon!
pois avedes [a] tan gran coraçon
que vos eu loe, en esta razon
vos quero já loar toda via;
e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!

Dona fea, nunca vos eu loei
en meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já un bon cantar farei,
en que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!
(Joan Garcia de Guilhade, século XIII)
Na Cantiga de Maldizer ocorre uma sátira direta, agressiva, com linguagem objetiva, sem disfarce e carregado de termos de baixo calão.

Principais Trovadores
D. Dinis, o Rei Trovador (1261-1325)
ü  138 composições conhecidas, sendo 76 de amor, 52 de amigo, e 10 de maldizer
ü  Oficializou a língua portuguesa
ü  Fundou a Universidade Portuguesa em 1290, sediada primeiramente em Lisboa, depois transferida para Coimbra
Paio Soares de Taveirós
ü  Autor da Cantiga Ribeirinha, o texto trovador mais antigo que até desafia alguns especialistas
ü  Uns que é cantiga de amor, outros dizem que é de escarnio.

E outros como:

Nuno Fernando Torneol
João Zorro
Martin Codax
D Afonso X, o Sábio- Rei de Leão e Castela